domingo, 30 de setembro de 2007

Banho de água fria

Estava sentado no chão de seu quarto enquanto enfileirava alguns livros no armário; enquanto isso, ouvia um disco de Hencock, o grande jazzista, que tocava seu piano harmoniosamente e, ao mesmo tempo, como um louco fora de si.
Hencock parou; o compasso bateria-baixo se mantinha: era sua deixa. Pegou seu violão e cumprimentou a banda, marcou com o pé o ritmo. Rasgou a monotonia estável do compasso em escalas em duas notas.
Depois de algum tempo percebeu: era uma bosta no violão, aliás prometia que ia voltar a fazer aulas já faz 6 meses e ainda nada.
Largou o violão e voltou aos seus livros.