segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Papo de comadres ( p. I )

As comadres paparicavam:
- Amiiiiga! ficou sabendo do jantar de aniversário do Rosiney Paulete?
- Nãããão, amiga! me contee!
- Você não vai acreditar, amiga, foi o maior bafão!
- Não me diiga!
- Começou tudo bem, amiga, a festa estava linda, glamurosíííssima. Tinham mais de mil convidados na lista!
- Mil?
- Não. Dois mil!
- Oh!
- E ouvi falar que entraram mais de cem pela cozinha e mais de duzentos pelas outras entradas do salão!
- Que horror! Onde já se viu?
- É, mas você ainda não ouviu nada; estava tudo correndo ótimo, até o momento do jantar quando...
- Quando o quêê, amiga?!
- Faltaram guardanapos!
- Nóóó.. guardanapos?
- Guardanapos, para mais de três mil pessoas, amiga! Acredita?
- Ué, mas não eram dois mil?
- Amiiga, você esqueceu que seeempre tem os bicões?
- Correto. Mas e aí?
- Aí os convidados foram à loucura!
- (!)... como assim?
- Quando viram que iam faltar os guardanapos, limparam-se nas toalhas de mesa! E não foi só isso... Quando viram, uns estavam limpando-se nos outros, os seguranças tiveram de intervir!
- E conseguiram acalmar a multidão?
- Não. Aí que REALMENTE começou a baixaria.
- ... (boquiaberta)
- O Rosiney Paulete tentou, de última hora, encomendar os guardanapos, mas, quando eles chegaram, já era tarde demais. Haviam subido nas mesas, entoaram coros em revolta como se fossem hinos; chegaram ao ponto de fazer suas necessidades entre as cadeiras.
- Coitado do Rosiney...
- É, mas ainda não terminou. A comida!A comida foi toda usada para fazerem seus rituais! Da leitoa, foi tirada a cabeça para que usassem como mascara, as pernas como artefatos de adoração. A sobremesa, um pudim lindíssimo de com uvas passas em cima, foi comido por alguns, mas eles não usavam talheres! e se esfregavam no pudim como se ele tivesse algum poder, como se eles quisessem ser possuidos por ele!
- Menina...
- O Rosiney Paulete, coitado, viu sua festa ser destruída por esses animais! Ainda arrancaram o papel de parede do salão e se penduraram em alguns lustres como se fossem árvores. Alguém deles viu o cachorro do Rosiney, o Wesley, e então decidiu jogar para aqueles que estavam em cima dos lustres para que estes brincassem de jogar de um lustre para o outro o coitado do poodle!
- Que selvageria!
- O Rosiney ficou NER-VO-SÍ-SSI-MO,como você sabe, ele considera o Wesley como um filho, e foi defende-lo dos brutos: pegou um garfo e jogou naquele que segurava o cachorro, acertou-o no olho!
- Uau!
(...)
*Fim Parte I

2 comentários:

Unknown disse...

Zicãããão!
manifestando todas as suas divagações insanas no seu blog! ( talvez seja por isso que eu tenha gostado dele)
rá...
veradeiramente o único advogado dadaísta que já conheci!
aquele abraço!

Anônimo disse...

euheue zica meu, realmente to preucupado com vc em curtiba. euehue Vc ta piorando!
Dessa vez vc se superou.
"e se esfregavam no pudim como se ele tivesse algum poder, como se eles quisessem ser possuidos por ele!"

"Haviam subido nas mesas, entoaram coros em revolta como se fossem hinos; chegaram ao ponto de fazer suas necessidades entre as cadeiras."
euehuhue nao tem como. Vc tem o dom.

Mas no fundo eu entendi sua critica à sociedade.
da-lhe zickao
abraçoo